Este fim de semana aconteceu uma coisa chata lá no Ibirapuera. Vários bulls conhecidos estavam brincando quando chegou outro que nunca havia ido e brigou com o Boizinho.
A briga foi feia, o cão não soltava, o Johnny atacou o bull que mordia o Boi, foi um caos. (Nós não estávamos lá, mas soubemos de todos os relatos.)
A história terminou com os dois cães no veterinário, alguns pontos, antibióticos, antiinflamatórios e cachorros manhosos e donos assustados.
Mas isso levanta uma discussão importante, que é sobre a responsabilidade que é ter um bull terrier. Como disse o Marco - dono do Butcher - o potencial de dano de um bull é muito grande. Eles são dóceis e sociáveis, como já disse aqui no blog, são ótimos com crianças e tudo mais... mas tem que ficar de olho e conhecer MUITO o seu cachorro, seu temperamento.
Nós conhecemos a Nina e posso afirmar que confio nela e nas reações que ela pode ter 100%. Mas mesmo assim, nunca descuidamos, porque até mesmo brincando ela pode machucar - bull é bull.
Com machos, a coisa pode ficar mais complicada. Machos tendem a ser dominadores e territoriais e aí é quase imprevisível a reação que podem ter... Então, o cuidado tem que ser redobrado. Acho que a situação do fim de semana foi um acidente - o bull era novo, não conhecia os outros, os donos ficaram com vontade de soltá-lo (impossível não querer ver seu cão brincando com a mesma alegria de todos os outros que estão soltos) e a coisa toda acabou saindo do controle.
Acredito que isso não deva ser motivo para deixar de fazer encontros ou para ter medo da raça. O mais comum no parque é ver alguma briguinha de cães dos mais variados. Normalmente são cães menores e mais fáceis de controlar, mas é normal.
Temos sim muitos bulls socializados, mansos e dóceis e vejo que a raça tem que ser cada vez mais conhecida por isso. Vejam no link a estabilidade de temperamento de diversas raças. O bull tem 92,1% de aprovação... mais do que a maioria das raças que vemos por aí.
Fica registrada a necessidade do cuidado redobrado com bulls. São cachorros e nunca se sabe quando podem ter um surto de instinto animal. É de total responsabilidade dos donos entender, conhecer e cuidar do seu cão - e do seu comportamento junto a outros cães ou pessoas.
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