sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A noite é muito mais gostosa com uma companheirinha especial...

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Sabe aqueles dias em que você está morto? Passou a semana chegando cedo e saindo tarde do trabalho, levando trabalho pra casa, sofrendo pra caramba?

Pois é. Ontem eu estava assim. Depois de uma semana pauleira eu iria finalmente chegar em casa e ter meu merecido descanso.

Saí cedo do trabalho, fui pra casa, feliz que poderia experimentar uma noite inteira tranquila de leitura.

Uma noite só pra mim. Aah, a vida às vezes é tão boa!

Cheguei em casa, fiquei um tempinho fazendo festa pra Nina, pedi uma pizza, lavei o espacinho dela... tudo perfeito.

A pizza chegou, o entregador subiu até o hall da escada e como a Nina estava doida pra brincar com ele (ela adora o cara!), eu deixei a porta entreaberta e saí para o hall apoiando as costas na porta para não deixá-la sair e aterrorizar o prédio.

E foi naquele momento de receber a pizza e entregar o dinheiro que aconteceu.

A Nina, aquela cachorra ensandecida, aquela Bull Terrier desajustada... se jogou contra a porta, bateu a porta contra minhas costas e se fechou pra dentro.
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Aqui vale uma explicação, já que os mais desavisados não entenderiam a gravidade desta situação:

Meu apartamento é alugado e o prédio não tem porteiro. Por causa disso, o locador do apartamento resolveu fazer com que a porta fosse o mais segura possível, e colocou uma porta super pesada e uma fechadura que parece um cofre.

Por isso, a maldita fechadura TRAVA SOZINHA quando é fechada, e a única maneira de abrí-la por fora é com a chave.


Resumindo: Bateu, travou. Se não tiver a chave, ferrou.

Portanto, a regra número 1 sempre foi NÃO SAIA DO APARTAMENTO SEM A CHAVE NA MÃO.

Mas eu não contava com o fato de que a Nina queria um pouco de privacidade naquela noite. Nada de donos chatos. Só ver a novela, talvez tomar uma cerveja.

Aparentemente, cães também precisam de uma noite só pra eles.

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E então lá estava eu, do lado de fora da minha casa.

Sem chave, sem celular, sem carteira, sem camiseta, sem chinelos, com uma bermuda no corpo, uma garrafa de água e uma pizza de calabresa nas mãos.

Isso eram 20:30.

Às 0:30, depois de 4 horas, 3 vizinhos mobilizados, quatro furos de furadeira no tambor da fechadura, uma broca quebrada, uma das noite mais chuvosas do ano, um pedaço de pizza fria e 200 reais a menos, eu estava deixando o chaveiro na casa dele.

Voltei pra casa, dei comida pra Nina, comi o resto da pizza e fui dormir à 1:00, pra acordar às 6:45.

Será que Bull Terrier voa?
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2 comentários:

Lila disse...

ohhh, Deus... que dó...
É, tem que ter muito amor pela cadelinha linda!

Te amo e queria estar junto ontem pra dividir "o momento"...

:-)

Anna Carolina Alves de Paiva disse...

hahaha...isso já aconteceu comigo! minha porta também tranca sozinha!Foi quando o Romeu saiu correndo e eu fui atrás dele. O vento fechou a porta...Ficamos os dois pra fora...rsrsrs
Bom, quem quer sossego deve ter gatos e não cachorros...8^)

 
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